Politica em Função Do Crack

Politica em Função Do Crack

Políticas em função do Crack    https://www.antidrogas.com.br/img/enviar_p.gif

·         O Crack hoje se impõe como um desafio para as políticas públicas. Não só pela quantidade, uma vez que o número de casos de alcoolismo é bem maior — e ocupa cerca de 70% dos atendimentos dos Centros de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) mas porque é preciso encontrar uma nova estratégia de atuação.

O que se observa pelas falas dos gestores é que ainda não se chegou a um consenso ou sabe lidar com as novas questões impostas pelo crack. Com certeza, todos, sem exceção, concordam em dois pontos: a família tem que participar e o tratamento é integral.

Apesar de uma política ampla para atendimento, o crack trouxe à tona e com força a discussão do internamento. O Orçamento Participativo da Juventude pediu em 2008 a criação de um Albergue Terapêutico para os jovens. Para atender a demanda, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), a Coordenadora de Juventude, a Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão discutindo como implementá-lo. E ainda não entraram em um consenso porque não conhecem todas as dimensões desta droga.

Patrícia Queiroz, coordenadora do Programa de Prevenção e Redução de Danos, da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), chama a atenção para o grande número de crianças com pais adictos, além dos casos relacionados a violência física e psicológica. "Há casos em que o cartão do Bolsa Família fica empenhado com o traficante".

Reivindicação

Afonso Tiago Nunes, coordenador da Juventude, ressalta que o OP da Juventude fez "uma reivindicação a mais" sobre a política de saúde mental que atende aos jovens com problemas com drogas. "Hoje já temos uma política pública de envergadura", defende. Contudo, destaca que é um lugar de encaminhamento dos CAPS AD, não é internamento. Será para jovens que já estejam engajados em programas sociais que não dão conta dessa dimensão clínica. Contudo, diz quando o dependente quer sair, pede socorro à sociedade, e esta tem que mobilizar o máximo de pessoas para ajudar.

A Coordenadoria de Juventude aposta que a luta contra o crack tem que ter ajuda dos governos, sociedade civil, igrejas etc. E em novembro promove um congresso onde pretende chamar a sociedade para enfrentar o problema. Mas destaca que existe um problema de informação das pessoas, "porque a droga avançou mais rápido do que o conhecimento que se tem dela". Destaca a dívida com a sociedade da divulgação dos problemas relacionados à droga, das pesquisas e os resultados alcançados.

Rané Félix , da Política de Saúde Mental da Prefeitura, afirma que os CAPS AD criados em 2005 vêm atender os princípios da política nacional de 2001, que preza por ações de saúde mental na atenção básica, CAPs, serviços residenciais terapêuticos, leitos em hospitais gerais, ambulatórios e programas de reintegração social. "O nosso trabalho não é só garantir o atendimento clínico, mas reconstruir a trajetória da pessoa, sua cidadania"



Crês somente e tudo se fará